O projeto prevê que ela seja sustentada por uma base de plástico e seja a morada de 500 mil habitantes.
Parece uma ideia lunática, mas a firma holandesa de arquitetura Whim Arctects planeja construir uma ilha no Oceano Pacífico com garrafas, embalagens e outros resíduos plásticos que bóiam em suas águas. Com cerca de 10 mil km2 e capacidade para 500 mil habitantes, a ilha será quase do tamanho de Manaus.
Escassez de matéria-prima não será um obstáculo para a concretização da empreitada: estima-se que há cerca de 4 milhões toneladas de plástico boiando no Pacífico. Os objetivos do projeto são fazer uma operação de limpeza, retirando uma quantidade significativa de plástico das águas, e mostrar que esse resíduo também pode se tornar material de construção.
No site do projeto, cogita-se até a possibilidade de a ilha flutuante ser um espaço para refugiados do clima.
Para que as correntes oceânicas continuem circulando livremente, haverá canais na ilha, que terá praias, lojas, plantações e banheiros de compostagem (também chamados de banheiros a seco). Esses banheiros nem gastam água nem demandam redes de esgotos – e os resíduos podem ser utilizados como adubo.
A ilha deverá ser auto-suficiente, com fontes próprias de energia e alimento. As algas terão papel fundamental, já que serão usadas para a produção de energia limpa e absorção de CO2.
O local planejado para sua construção é o chamado Giro do Pacífico Norte, formado por várias correntes marítimas que percorrem as margens da Ásia e América do Norte carregando os resíduos de plástico encontrados pelo caminho. A área tem grande quantidade de lixo, o que evitará gastos com transporte na hora de agregar o plástico que edificará a ilha.
O projeto ainda está em fase inicial e não há, por enquanto, estimativas de custo. O plano dos arquitetos é que a ilha saia do papel no próximo ano. Mas, para isso, ainda precisam conseguir apoio de patrocinadores que apostem na ideia mirabolante.
Fonte: Revista Cyan